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domingo, 17 de maio de 2009


Então galera, estava decidido a comprar um Scanner Automotivo para usar no GTI 16V. Inicialmente, preciso da ferramenta para tentar fazer o computador de bordo voltar a funcionar, e também para verificar alguma anomalia ou falhas presentes na injeção eletrônica. Grande parte desse trabalho de verificação será feito através da leitura em tempo real dos sensores e atuadores do sistema. Contemporâneos ao GTI 16V, existem dois modelos de Scanners utilizados pela Volkswagen mundo afora, o VAG 1551(bancada) e o VAG 1552(portátil).

VAG 1552, ferramenta de oficina VW
Scanner em ação.
O modelo VAG 1552 é portátil, e eu já tive a oportunidade de trabalhar com ele na minha breve história como mecânico de injeção eletrônica. Tempos áureos contados no post de abertura deste Blog.

Atualmente, existem dois modelos de Scanners de "baixo custo" no mercado que possuem todas as funções de um VAG1552: o Autel VAG405 e o MemoScan VAG5053.


Autel VAG405
Menus do Autel VAG405


MemoScan VAG5053
Menus - MemoScan VAG5053


Além da opção dos Scanners, temos a opção das interfaces OBDII=>Serial ou OBDII=>USB. A empresa americana Ross-Tech é a fabricante do software chamado VAG-COM, atualmente chamado VCDS. Esse software foi desenvolvido para transformar um computador comum em um avançado Scanner VAG. Hoje existem várias interfaces genéricas de baixo custo fabricadas na China que podem ser usadas com versões antigas do software VAG-COM( 311 e 409 ). Elas são comumente chamadas "dumb interfaces" e servem para carros da VW/Audi/Seat/Skoda sem rede CAN. Segundo o site do fabricante, a versão recente do VCDS ( 805.3 ), só funciona com sua interface inteligente HEX-USB+CAN.

Minha preferência é pela compra de um Scanner embarcado, não me agrada a idéia de usar o Macbook para essa função — este é outro xodó. Eis que surgiu a oportunidade de trazer um Scanner da alemanhã através de uma amigo que viajará no meio do ano. Por esse motivo, decidi pela compra imediata de uma interface simples e barata até que meu Scanner chegue no Brasil. Pesquisei no Mercado Livre por: "scanner vag 409.1", e comprei a interface mais barata. Existem várias opções de interfaces VAG-COM no Mercado Livre, escolha um vendedor com bom preço e reputação, e boa sorte.
 
Chegada da interface pelo Sedex

O vendedor foi bem cuidadoso com a embalagem da interface

O software VAG-COM só funciona na plataforma Windows

Windows instalado no Macbook e interface testada no VAG-COM

Agora basta ir até o carro para fazer as leituras

O processo de instalação da interface no Windows foi bem simples, bastou conectar a interface na porta USB do Notebook e ela foi automaticamente detectada pelo Windows. Instalei os drivers que vieram no CD que acompanha o produto. Vale salientar que por se tratar de uma interface barata Made in China, ela não possui uma interface USB "verdadeira". Na verdade trata-se de um conversor Serial<=>Usb. Após instalados os drivers, foi criada uma nova porta Serial no computador, no meu caso, a COM3. 

Para verificar o real funcionamento do sistema ( Interface / Software ), somente com a interface conectada a tomada OBDII do carro e com a ignição ligada. Como já era tarde para ir até o estaleiro e testar o sistema, deixei para testá-la no decorrer da semana.  Farei os testes e tentarei gravar um vídeo para colocar aqui no Blog. Até lá, um abraço, e boa semana pra todos.

domingo, 26 de abril de 2009


Pois é galera, acho que a garagem vai se tornar mesmo um estaleiro para o GTI: "O carro tem muita coisa pra fazer". E minha mulher não entende. Ela olha para o carro e ele está novo, por dentro e por fora. O carro anda(e como anda), o carro freia(nem tanto), tudo funciona, mecânica e elétrica. Ela realmente não consegue entender onde são colocadas todas as peças que chegam pelos Correios. Certa vez ela me perguntou se eu estava montando um segundo carro. Acho que agora com o blog, ela vai entender.

Bem, o primeiro serviço realizado no "estaleiro" foi uma revisão completa da suspensão.

Segue lista dos itens trocados:

02 x 377.412.503N => Amortecedor dianteiro
02 x 377.513.029H => Amortecedor traseiro
02 x 377.411.105C => Mola helicoidal Dianteiro
02 x 377.511.105B => Mola helicoidal Traseira
02 x 377.412.113 => Assento da mola Superior
02 x 377.412.131 => Batente limitador
04 x 857.407.181 => Bucha da balança
02 x 307.412.135A => Coifa Amortecedor Dianteiro
02 x 377.513425A => Coifa Amortecedor Traseiro
02 x 377.199.415B => Mancal de borracha - Bucha do agregado Dianteiro
02 x 377.199.419Z => Mancal de borracha - Bucha do agregado Traseiro
02 x 305.419.809A => Mancal de borrracha da barra de direção
02 x 377.411.327 => Mancal de borracha da barra estabilizadora Dianteira
01 x 377.419.812/1 => Pivo da Barra de Direção Direito
01 x 377.407.366/B => Pivo lado direito
01 x 377.407.365/B => Pivo lado esquerdo

Como resultado, temos o Gol com a altura original novamente.


GTI no início de sua longa vida na garagem. Dia seguinte a troca da suspensão.


Três meses depois da troca da suspensão...

Olha o estado do GTI após muito tempo parado no estaleiro.
Detalhe para a altura da suspensão original, é quase uma versão Rally, né?


Esse post vai ser curto mesmo galera. Não tem nada de muito interessante pra comentar sobre a manutenção na suspensão, certo? O serviço foi realizado em uma conceituada loja aqui de Niterói, a Hilife. Fiz uma amiga lá na loja, a Jussiara me ajuda sempre que pode. Fiquei de levar o carro lá novamente para trocar as molas por Red Coil ( RC-917); Troca do escapamento ( Mastra VW.04.06.D ) e troca dos discos de freios e pastilhas pela da Powerbrakes( Discos com 18 frisos dianteiros e traseiros e pastilhas green ) . 

É isso. Veremos qual será o próximo serviço. Um abraço a todos.


Então galera, no post anterior, escrevi sobre minha escolha dentre as opções de compra do GTI 16V. Como explicarei agora, ela foi realizada em duas etapas. Na primeira viagem, contei com ajuda do meu pai(menor a direita), do Moacir( velho amigo e dono da oficina que mencionei no primeiro post), e seu filho Marcílio(meu irmão).  

Equipe de reconhecimento a caminho de São Paulo


Da oficina em Nova Iguaçu para Sumaré em SP

Viagem tranquila, em clima de aventura de final de semana. Colocamos a conversa em dia e ouvimos vários CDs clássicos do Moacir.
Olha o piloto no comando do Omega, bate e volta 12 horas de pista.

Chegando em Sumaré, conheci o Junior, dono do GTI. Gente finíssima, educado, atencioso, nota 10.  A condição geral do carro me agradou muito. Demos uma volta no carro, Moacir avaliou e disse que o carro estava inteiro — negócio fechado. Dei um sinal de 50%  do valor do carro e combinei de pagar a segunda parte mediante fechamento do documento de Compra e Venda no meu nome e retirada do carro.

Tudo certo com a documentação, montei uma segunda equipe para resgate do GTI na semana seguinte. Dessa vez a equipe foi formada por dois grandes amigos, Leonardo e Jhonathas(fico devendo uma foto). Fizemos o percurso contrário: Sumaré-SP => Niterói-RJ. No caminho de volta, parada obrigatória para a Benção em Aparecida.


Ela nos guiou em segurança de volta para casa.

Você sabia que o primeiro estaleiro do Brasil foi construído em Niterói? Pois é, ele existe até hoje, é o Estaleiro Mauá. Além de vários outros que existem hoje em Niterói, agora temos mais um, o meu. No próximo post entraremos neste assunto. Um abraço e até lá.

Como havia prometido no último e primeiro post do blog, escreverei sobre "A Escolha" tentando ser menos dramático que no primeiro post do blog. Começaremos logo com uma foto do escolhido e depois falaremos sobre todo o processo de escolha.

Gol GTI 16V 1997 Preto - Sumaré/SP

Antes de continuarmos, uma informação importante: Este blog será um backlog até chegarmos no presente momento da história, ou seja, são textos contando fatos de um bom tempo atrás, escritos no presente. Serão inúmeros posts atrasados contando esse um ano e meio de história.

Quem leu o primeiro post sabe que haviam três opções de GTI 16V para compra no final de 2007. Além do "Escolhido" tínhamos:

Gol GTI 16V 1996 Vermelho Dakar - Cuiabá/MT



Prós: Vermelho Dakar lindo, pintura nova; Freios ABS; Muito bem cuidado pelo dono( gente finíssima ).
Contras: Teria que comprar o carro sem ver pessoalmente e mandar por cegonha; Bancos em couro preto e vermelho( Sou Tricolor de Coração e não suporto as cores do Flamengo ).

Gol GTI 16V 1996 Vermelho Dakar - Araxá/MG




Prós: Vermelho Dakar lindo; Baixa quilometragem; Carro bem conservado.
Contras: Teria que comprar o carro sem ver pessoalmente e mandar por cegonha; Bancos em tecido um pouco desgastados; painel e acabamentos na cor cinza.

Gol GTI 16V 1997 Preto - Sumaré/SP









Prós: Pude ir ver o carro pessoalmente em São Paulo; Ano 1997 ( início do novo padrão de acabamento(G3) e injeção eletrônica multiponto Marelli 1ABW; Carro muito bem conservado, impecável; O dono do carro tinha toda a documentação do carro guardada, manual lacrado, todos os CRLVs, todos os ipvas pagos, todas as notas fiscais de todas as manutenções feitas, chave reserva, ufa!
Contras: Ainda não era meu! Valeu Junior, cara nota 10 que me vendou o carro e ainda me ajuda até hoje. Ficou a amizade.


Apesar da escolha ter sido totalmente passional – foi o único que eu tive a oportunidade de ver pessoalmente –, acredito que as questões técnicas também foram muito importantes.


No próximo post contaremos novos fatos tendo o carro já aqui em Niterói/RJ.

Até lá em um abraço.

terça-feira, 21 de abril de 2009


Bem galera, esse é o primeiro post deste que será o blog da minha história com este ícone da indústria automobilistica nacional, o Volkswagen Gol GTI 16V. Ainda hoje, nós, aficionados por carros, recordamos do glorioso Gol GTI de primeira geração. Na época, aquele Gol azul cheio de acessórios e um emblema GTI era praticamente um E.T no meio de tanto Fusca e Brasília. Na virada dos anos 80 para os anos 90, eu ainda com 13 anos de idade e vivendo minha adolescência em Nilópolis, não fazia idéia da revolução que aquele carro "maneiro" trazia com sua eletrônica embarcada — era o primeiro carro com Injeção Eletrônica da indústria nacional. Alguns anos se passaram e como bom brasileiro, comecei a trabalhar após me formar como técnico em eletrônica em 1994. Ainda sem carteira assinada, trabalhava como técnico em uma empresa de Telecomunicações no Centro do Rio. O já caótico fluxo viário da época, me impedia de realizar qualquer outra atividade remunerada, todos os dias pelo menos três horas eram disperdiçadas no trajeto de ida e volta do trabalho. No ano seguinte — 1996, um grande amigo que cultivo até hoje, me convidou para trabalhar em uma empresa de informática muito conceituada em Nova Iguaçu — cidade limítrofe a cidade em que eu vivia. Naquele ano, inaugurei minha carteira de trabalho e pude a partir dali, realizar outras atividades remuneradas, o famoso "bico".  

No final do ano de 1996, em um dia que eu acreditava que seria como outro qualquer, começava a saga, o sonho. O dono da empresa de informática que eu trabalhava, apareceu no final da tarde com um Gol GTI 16V Vermelho Dakar "zero kilometro". Me aproximei e tentei entender o que era aquele carro. Descobri que além de ser o dono da empresa de informática que eu trabalhava, ele também era dono de uma equipe de competição de autocross e rally. Não perdi tempo e "vomitei" em cima dele todos os meus conhecimentos sobre a linhagem GTI e todas as implementações mecânicas realizadas naquele modelo — aquele carro era demais para a época. No começo de 97, eu já integrava a equipe de competição e as viagens no GTI 16V rebocando o carro de corrida e equipamentos eram constantes — a paixão aumentava ainda mais. Em 1998 comprei meu primeiro carro, um Gol 1.6 CL 1991. Logo de cara ganhei o jogo de rodas e pneus do GTI 16V. Envolvido no mundo das corridas e do automobilismo, conheci várias figuras e mecânicos extraordinários. Um deles se tornou meu segundo pai até hoje. Quando eu não estava trabalhando, estava dentro da oficina — aprendi muito sobre mecânica, injeção eletrônica e principalmente sobre a vida. No começo de 99 instalei injeção eletrônica no meu gol 1.6 — kit completo: módulo, chicote, relês de alimentação/bomba de combustível, Sensor MAP, distribuidor Hall, bomba de combustível, coletor de admissão, tubo de escape primário(fixação do sonda lambda), Sonda Lambda e TBI com todos os sensores e tampa para conexão a caixa do filtro de ar).

Em 2000 recebi uma proposta para mudar de empresa e atuar exclusivamente com Tecnologia da Informação. Lá eu conheci um grande amigo e pessoa de importância singular na minha carreira profissional — havia conseguido um mentor. Depois de muito trabalho e realizações naquele ano, fui convocado para trabalhar no Pólo de Tecnologia da empresa no Centro do Rio. De 2001 em diante, o ritmo foi "frenético", muita coisa aconteceu. Separando em grandes capítulos: troquei de carro; conheci minha esposa; me formei como Analista de Sistemas; me mudei para Niterói; fiz vários novos amigos; me casei; me Pós graduei em Gestão de Empresas; assumi a vaga de coordenador de TI da empresa em Niterói e em 2004 assumi a gerência de TI. Nessa confusão de acontecimentos, e não necessáriamente neste mesma ordem, não pude estar tão perto da minha família e da "graxa" da oficina como eu gostaria. A mencionada troca de carro ocorreu em 2002. Troquei o Gol CL 1991 ( com injeção eletrônica, rodas 15" Gti 16V, trio elétrico, bancos Recaro Golf GTi e parachoques cinza do Gol GTS )  por um Fiat Siena EXL Fire 16V 2001 — para minha tristeza, terminavam ali minhas visitas constantes as oficinas. Em 2005, problemas de saúde na família me alertaram sobre a necessidade de estar mais junto da família e viajar bastante levando todo mundo, troquei o Siena por um Doblo Adventure 2004. Em 2007 o estresse acumulado com tanto trabalho e sem ter uma válvula de escape já incomodava — eu precisava de um hobby. E o que eu poderia fazer no meu tempo vago para desestressar a mente? É claro, mecânica! E qual seria o carro que compraria para fazer uma restauração, ir fazendo manutenção, integrar alguma comunidade sobre o assunto? Pois é, lá estava o GTI 16V de volta na minha vida. Bastava encontrar um GTI 16V em bom estado e trazer pra casa. A busca levou exatos 11 meses. No final do ano eu tinha três opções: Um GTI 16V 1996 vermelho Dakar em Cuiabá/GO; Um GTI 16V vermelho 1996 vermelho em Araxá/MG; e um Gol GTI 16V 1997 preto em Sumaré - SP. O escolhido você conhecerá no próximo post, até lá.